segunda-feira, 8 de março de 2010

PT nacional já busca um vice para Hélio Costa em MG


Elza Fiuza/ABr
Encaminha-se para o final a disputa entre PMDB e PT pela indicação do candidato ao governo de Minas Gerais na eleição de 2010.



A direção nacional do PT inclina-se para o apoio à candidatura do ministro pemedebê das Comunicações, Hélio Costa, hoje na liderança das pesquisas.



Embora o petismo mineiro ainda insista na tese do candidato próprio –Fernando Pimentel ou Patrus Ananias—, a cúpula do PT já se ocupa da escolha do vice.



Por ora, o nome mais cotado para compor a chapa como segundo de Hélio Costa é o do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG).



A prevalecer a estratégia urdida em Brasília, Patrus, o ministro do Bolsa Família, vai às urnas como candidato ao Senado.



Quanto a Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, ficaria restrito à coordenação de campanha de Dilma Rousseff.



Idealiza-se para Pimentel uma recompensa futura: uma cadeira de ministro num eventual governo Dilma.



O repórter Valdo Cruz informou no final de semana que Lula já avisou ao PT que, em Minas, vai apoiar Hélio Costa.



Ou seja, o alto comando do PT apenas cuida para que a vontade de Lula, que tem peso de lei no partido, seja observada.



Parte-se de raciocínio óbvio: numa praça em que o prestígio do governador tucano Aécio Neves rivaliza com o de Lula, a divisão PT-PMDB prejudica Dilma.



Deseja-se prover à presidenciável oficial um palanque único em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país.



Na estratégia idealizada por Lula, Minas funcionaria como uma espécie de contrapeso de São Paulo, o Estado do rival José Serra.



Imagina-se que, se bem votada entre os mineiros, Dilma atenuará a provável desvantagem que terá em relação a Serra na contagem dos votos paulistas.



Nascida em Minas, Dilma fez-se politicamente no Rio Grande do Sul. O comando da campanha elabora uma estratégia para tonificar a origem mineira da candidata.



Ao apresentar Dilma como presidenciável com gosto de pão de queijo, o governo deseja açular a aversão dos mineiros à opção preferencial por São Paulo.



Um sentimento que, imaginam os estrategistas de Dilma, foi aguçado pelo PSDB ao optar por José Serra em detrimento de Aécio Neves.


Escrito por Josias de Souza às 05h04

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