quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Veja a lista dos deputados estaduais eleitos em Minas Gerais

TRE-MG divulgou lista por meio do site do TSE.
Diniz Pinheiro foi o candidato mais votado, com o total de 159.422.

Do G1 MG
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) divulgou, por meio do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a lista dos deputados estaduais eleitos nas eleições deste ano em Minas Gerais.

Veja a lista completa abaixo, com o número dos candidatos e a quantidade de votos que cada um recebeu:

1: 45141* DINIS PINHEIRO PSDB - PP / DEM / PSDB 159.422 (1,54%)
2: 14009* MARQUES PTB - PTB / PSB 153.225 (1,48%)
3: 45240* MAURI TORRES PSDB - PP / DEM / PSDB 106.519 (1,03%)
4: 14111* ARLEN SANTIAGO PTB - PTB / PSB 105.859 (1,02%)
5: 43111* TIAGO ULISSES PV 103.677 (1,00%)
6: 14444* BRÁULIO BRAZ PTB - PTB / PSB 102.530 (0,99%)
7: 11210* GIL PEREIRA  PP - PP / DEM / PSDB 95.450 (0,92%)
8: 12312* SARGENTO RODRIGUES PDT 94.312 (0,91%)
9: 43500* AGOSTINHO PATRUS FILHO PV 93.656 (0,90%)
10: 15196* ZÉ HENRIQUE PMDB 93.622 (0,90%)
11: 13789* PAULO GUEDES  PT - PRB / PT 92.710 (0,89%)
12: 13913* ELISMAR PRADO PT - PRB / PT 92.027 (0,89%)
13: 45222* DALMO RIBEIRO PSDB - PP / DEM / PSDB 90.538 (0,87%)
14: 13139* DURVAL ÂNGELOPT - PRB / PT 89.811 (0,87%)
15: 45999* LUIZ HUMBERTO CARNEIRO PSDB - PP / DEM / PSDB 88.963 (0,86%)
16: 43120* DR. HELY  PV 85.973 (0,83%)
17: 25789* GUSTAVO CORREA DEM - PP / DEM / PSDB 85.504 (0,83%)
18: 45777* JOAO LEITE PSDB - PP / DEM / PSDB 84.316 (0,81%)
19: 12300* GUSTAVO PERRELLA PDT 82.864 (0,80%)
20: 20107* ANTONIO GENARO        PSC 81.159 (0,78%)
21: 25123* DOUTOR VIANA DEM - PP / DEM / PSDB 80.419 (0,78%)
22: 45513* CARLOS MOSCONI PSDB - PP / DEM / PSDB 79.705 (0,77%)
23: 45045* LAFAYETTE ANDRADA PSDB - PP / DEM / PSDB7 8.302 (0,76%)
24: 14190* DILZON MELO PTB - PTB / PSB77.846 (0,75%)
25: 45151* LUIZ HENRIQUE PSDB - PP / DEM / PSDB 77.740 (0,75%)
26: 20456* ANTONIO CARLOS ARANTES       PSC 74.542 (0,72%)
27: 45205* ZÉ MAIA PSDB - PP / DEM / PSDB 72.336 (0,70%)
28: 25464* GUSTAVO VALADARES DEM - PP / DEM / PSDB 71.568 (0,69%)
29: 17017* DR. WILSON BATISTA       PSL - PSL / PSDC / PMN    70.106 (0,68%)
30: 12212* ALENCAR DA SILVEIRA JR PDT 68.709 (0,66%)
31: 15622* BRUNO SIQUEIRA PMDB 68.437 (0,66%)
32: 45123* MOURÃO PSDB - PP / DEM / PSDB 68.323 (0,66%)
33: 43001* DÉLIO MALHEIROS       PV 68.254 (0,66%)
34: 43151* ROSÂNGELA REIS       PV 67.559 (0,65%)
35: 15000* PASTOR VANDERLEI MIRANDA PMDB 64.929 (0,63%)
36: 43000* INÁCIO FRANCO       PV 63.662 (0,61%)
37: 40640* WANDER BORGES PSB - PTB / PSB 62.810 (0,61%)
38: 45500* CÉLIO MOREIRA PSDB - PP / DEM / PSDB 62.582 (0,60%)
39: 15296* ANTONIO JULIO PMDB 59.739 (0,58%)
40: 45555* RÔMULO VIEGAS PSDB - PP / DEM / PSDB 57.691 (0,56%)
41: 44200* JOAO VITOR XAVIER DA ITATIAIA        PRP - PRP / PT do B 56.956 (0,55%)
42: 45888* LEONARDO MOREIRA PSDB - PP / DEM / PSDB 56.945 (0,55%)
43: 15300* TADEUZINHO PMDB 56.898 (0,55%)
44: 13122* POMPILIO CANAVEZ PT - PRB / PT 56.263 (0,54%)
45: 31789* NEILANDO PIMENTA         PHS - PTN / PHS 55.398 (0,53%)
46: 25121* JAYRO LESSA DEM - PP / DEM / PSDB 54.594 (0,53%)
47: 15123* ADALCLEVER LOPES PMDB 53.629 (0,52%)
48: 10100* BISPO GILBERTO ABRAMO PRB - PRB / PT 52.994 (0,51%)
49: 13444* PAULO LAMAC PT - PRB / PT 50.966 (0,49%)
50: 23400* LUZIA FERREIRA PPS 50.620 (0,49%)
51: 65123* CARLIN MOURA PC do B 50.221 (0,48%)
52: 15222* IVAIR NOGUEIRA PMDB 50.114 (0,48%)
53: 33580* DUARTE BECHIR         PMN - PSL / PSDC / PMN 49.619 (0,48%)
54: 12612* TENENTE LUCIO PDT 49.248 (0,48%)
55: 12369* CARLOS PIMENTA PDT 49.133 (0,47%)
56: 23233* NEIDER MOREIRA PPS 46.818 (0,45%)
57: 13123* ROGERIO CORREIA PT - PRB / PT 45.939 (0,44%)
58: 15900* SÁVIO SOUZA CRUZ PMDB 45.415 (0,44%)
59: 65112* CELINHO DO SINTTROCEL PC do B 45.373 (0,44%)
60: 13555* ANDRÉ QUINTÃO  PT - PRB / PT 45.324 (0,44%)
61: 17456* HÉLIO GOMES         PSL - PSL / PSDC / PMN 44.704 (0,43%)
62: 40123* LIZA PRADOPSB - PTB / PSB 43.810 (0,42%)
63: 23450* SEBASTIÃO COSTA PPS 43.376 (0,42%)
64: 33444* DUILIO DE CASTRO      PMN - PSL / PSDC / PMN 41.727 (0,40%)
65: 13077* ULYSSES GOMES PT - PRB / PT 41.265 (0,40%)
66: 13220* ADELMO LEÃO PT - PRB / PT 40.562 (0,39%)
67: 13671* ALMIR PARACA PT - PRB / PT 40.521 (0,39%)
68: 40696* LERIN PSB - PTB / PSB 40.426 (0,39%)
69: 31333* FRED COSTA      PHS - PTN / PHS 38.419 (0,37%)
70: 36123* ANSELMO JOSÉ DOMINGOS PTC - PRTB / PTC 38.109 (0,37%)
71: 17567* FÁBIO CHEREM       PSL - PSL / PSDC / PMN 37.885 (0,37%)
72: 13151* MARIA TEREZA LARA PT - PRB / PT 37.442 (0,36%)
73: 22100* DEIRÓ MARRA PR 36.527 (0,35%)
74: 28888* CÁSSIO SOARES       PRTB - PRTB / PTC 36.067 (0,35%)
75: 10123* PASTOR CARLOS HENRIQUE  PRB - PRB / PT 35.983 (0,35%)
76: 70100* BOSCO       PT do B - PRP / PT do B 31.455 (0,30%)
77: 28000* FABIANO TOLENTINO      PRTB - PRTB / PTC      31.182 (0,30%)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Censurar a internet é "estupidez", diz Lula em entrevista a blogueiros

É a 1ª vez durante o mandato que concede entrevista exclusiva a blogueiros.
Lula ressaltou a preocupação do governo com a liberdade de imprensa.

Débora Santos Do G1, em Brasília
Presidente Lula durante entrevista a blogueiros, no Palácio do PlanaltoPresidente Lula durante entrevista a blogueiros, no
Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (24), em entrevista a blogueiros, que considera “estupidez” qualquer projeto de lei que busque censurar a internet. Ele ressaltou a preocupação do governo com a liberdade de imprensa.
“Eu acho importante que as pessoas que estão acompanhando percebam claramente que nesse período do governo toda vez que falamos com alguém demos total liberdade para as pessoas perguntarem o que quiserem”, disse o presidente.
Esta é a primeira vez em quase oito anos de mandato o presidente Lula concede entrevista exclusiva a blogueiros. Participam do encontro, no Palácio do Planalto, os blogueiros Altamiro Borges, Altino Machado, Rodrigo Viana, Renato Rovai, Eduardo Guimarães, W. Barros, Pierre Lucena, Túlio Viana, José Augusto, Leandro Fortes.
Uma lista de convidados foi elaborada durante o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que aconteceu em São Paulo, em agosto, com a participação de 19 estados.
Questionado pelo blogueiro Renato Rovai sobre as políticas públicas para os meios de comunicação no Brasil, o presidente afirmou que os avanços nesta área dependem de correlações de forças políticas.
“Os avanços dos meios de comunicação e da imprensa depende da correlação de forças que você tem estabelecida na sociedade, dentro do Congresso Nacional. Eu acho que nós temos que ter pela frente o seguinte poderíamos ter feito mais. As reivindicações são sempre muito fortes – o que a é bom – mas as recusas também são muito fortes - o que é ruim”, afirmou Lula.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, cerca de 1300 pessoas acompanham a entrevista que é transmitida pelo Blog do Planalto.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Veja os números dos eleições 2008, em Lambari

Marcão - PT / 37%
4.696 votos válidos
Sérgio Teixeira - PDT / 30%
3.773 votos válidos
Tião Cambuquira - PR / 29%
3.657 votos válidos
Paulinho Gradiele - PMN / 1%
238 votos válidos
Vereadores Eleitos
Bibiano - PMDB - 506
Marcelo Braga - PMDB - 473
Gil do São Bartolomeu - DEM - 450
Andréa Canêlhas - PTB - 412
Geraldinho da Capelinha - PR - 400
Edwiges (du) - PT - 343
Cida Gregatti - PT - 308
Moisés Teixeira - PSDB - 300
Marcilene Guerra - PR - 271
Fonte: ACIL

sábado, 13 de novembro de 2010

Campanhas caras mantêm veteranos na ALMS; saiba quanto gastou cada deputado eleito


Valdelice Bonifácio
Divulgação


Para continuar na cadeira de deputado estadual, nomes veteranos da Assembleia Legislativa gastaram valores acima de meio milhão de reais em suas campanhas neste ano, segundo declaração de despesas prestadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Entre os parlamentares que acumulam mais de quatro mandatos houve quem gastou mais de R$ 1 milhão em busca da reeleição. Juntas as 24 campanhas vitoriosas, gastaram cerca de R$ 17 milhões.
Recordista nacional em mandatos no Parlamento Estadual, Londres Machado (PR) gastou R$ 1,2 milhão para obter 30.266 votos e com isso garantir sua 11ª eleição à Assembleia.
Ele informou ao TSE ter investido em recursos próprios na campanha R$ 500 mil. Também recebeu ajuda do governador André Puccinelli (PMDB), de Edson Girotto, eleito deputado federal, de construtoras, como a Camargo Corrêa, pessoas físicas, entre outras fontes.
Onevan de Matos (PSDB) conquistou seu sétimo com gastos de R$ 1,1 milhão. Ele obteve 36.962 votos. Onevan também investiu recursos próprios e teve a ajuda do governador André Puccinelli e de candidatos a deputado federal e senador.
Um pouco abaixo dos gastos milionários, mas com custos significativos aparece Zé Teixeira (DEM) que gastou R$ 824 mil e foi o vice-campeão de votos do ano com 41.991 votos. A partir de janeiro de 2011, ele estará exercendo seu quarto mandato.
Com valor próximo aparece Paulo Corrêa (PR). Ele foi reeleito também para seu quinto mandato com 35.330 votos e gastos de R$ 832 mil. Colega de partido de Corrêa, o deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) também foi reeleito para o quinto mandato. Ele investiu R$ 687 mil para obter 28.489 votos.
O atual presidente da Assembleia Jerson Domingos (PMDB) gastou R$ 589 mil e foi reeleito com 38.204 votos para o quinto mandato. Reportagem divulgada anteriormente pelo Midiamax apontou que a campanha de Jerson recebeu doações da irmã Reni Domingos e do governador André Puccinelli (PMDB). Veja na notícia relacionada.
Já Maurício Picarelli (PMDB) investiu R$ 573 mil para obter 28.277 votos e garantir seu sétimo mandato na Assembleia. Também em busca do sétimo mandato estava o deputado Ary Rigo (PSDB), único dos veteranos que não se reelegeu. Ele foi pivô de escândalo político durante a campanha eleitoral que lhe fez perder votos.
Campanhas milionárias
Na lista de deputados que investiram mais de um milhão em suas campanhas eleitorais estão novatos como o ex-prefeito de Aquidauana Felipe Orro (PDT) eleito para o primeiro mandato. Ele declarou ao TSE ter gasto R$ 1,3 milhão na campanha eleitoral sendo o campeão de despesas do ano.
Entre os financiadores dele estão três políticos: o pai Roberto Orro, o senador Delcídio do Amaral (PT) e o deputado federal Vander Loubet (PT). Felipe Orro também declarou ter investido R$ 405.534,00 de recursos próprios.
Carlos Marun (PMDB) foi outro nome a gastar uma fortuna na eleição. Foram R$ 1,2 milhão, segundo a declaração feita ao TSE. Ele obteve 40.163 votos. Marun também contou com ajuda de André Puccinelli, de Waldemir Moka e de empresas de setores variados.
O ex-prefeito de Jardim, Márcio Monteiro (PSDB), gastou pouco mais de R$ 1 milhão em sua campanha e obteve 29.052 votos. Ele também foi ajudado por André Puccinelli, por Edson Giroto, Reinaldo Azambuja, Waldemir Moka, empresas e pessoas físicas.
Valor parecido investiu Eduardo Rocha (PMDB), marido da vice-governadora eleita Simone Tebet, também peemedebista. Os gastos de pouco mais R$ 1 milhão renderam-lhe 25.428 votos com os quais conquistou seu primeiro mandato no Parlamento estadual. Eduardo foi ajudado financeiramente pela família da esposa, pelo governador, por Edson Giroto, por Fábio Trad (PMDB), por Waldemir Moka entre outros.
Menos de R$ 1 milhão
Outro novato que também investiu valores significativos foi Lauro Davi (PSB) ex-presidente da Cassems (Caixa de Assistência aos Servidores de Mato Grosso do Sul). A campanha dele custou R$ 739 mil e conquistou 18.244 votos.
Dione Hashioka (PSDB) foi reeleita para seu segundo mandato com 24.636 votos. O investimento foi de R$ 743 mil. O deputado Paulo Duarte (PT) gastou R$ 572 mil e foi reeleito com 40.991 votos. Um pouco menos investiu a novata Mara Caseiro (PTdoB) ex-prefeita de Eldorado. Foram R$ 533 mil para conquistar 19.888 votos.
O vereador petista Cabo Almi conquistou vaga na Assembleia graças aos 20.604 votos que recebeu. O valor da campanha foi de R$ 468 mil. Seu colega na Câmara de Campo Grande, o vereador Alcides Bernal (PP) se elegeu para a Assembleia com 26.159 votos. Em sua declaração ao TSE consta despesas de campanha no valor de R$ 344 mil. O ex-prefeito de Paranaíba e hoje suplente de deputado estadual Diogo Tita (PPS) conquistou vaga definitiva na Assembleia com 20.277 votos. Sua campanha custou R$ 426 mil.
‘Gastos modestos’
Outros nomes também conquistaram cadeiras na Assembleia com gastos modestos na comparação com as campanhas milionárias. Pedro Kemp (PT) foi reeleito para seu quarto mandato com 21.779 e declarou ter investido R$ 192 mil.
George Takimoto (PSL) gastou R$ 160 mil e obteve 23.646 votos. O ex-prefeito de Dourados Laerte Tetila (PT) conquistou 21.781 votos com campanha no valor de R$ 292,2 mil.
Quem menos gastou, segundo a declaração oficial, foi Marquinhos Trad (PMDB) com o valor de R$ 134,824.82. Mesmo assim, sagrou-se campeão nas urnas com 56.287 votos.
Pivô de escândalo ficou na suplência
Ary Rigo gastou R$ 1,095 milhão e obteve 20.581. Não se reelegeu, mas garantiu a terceira suplência da coligação “Amor, Trabalho e Fé”. Em 2006, Rigo reelegeu-se com 34.767 votos sendo o sexto mais votada da eleição, gastando R$ 752.717,00.
Pouco antes das eleições, ele foi flagrado em vídeo relatando um suposto esquema de partilha de dinheiro público entre membros dos três poderes de MS. Desde que as imagens foram divulgadas, ele mantém o argumento de que as falas foram editadas distorcendo o sentido de suas palavras. Ele afirma que nunca participou de negociação ilegal.
Aos 63 anos, Rigo se elegeu deputado pela primeira vez em 1979 e, desde então, havia vencido as seis eleições que disputou - cinco para deputado estadual e uma para vice-governador.

sábado, 6 de novembro de 2010

Dilma deve tirar Meirelles do BC para reduzir juros logo no início do governo

Ao contrário de Lula, que deu carta branca às medidas de contenção de inflação do Banco Central, presidente eleita quer ser avalista de política mais voltada ao crescimento econômico e estímulo ao setor privado, incluindo micro e pequenas empresas

06 de novembro de 2010 | 17h 57


João Domingos, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Embora avalie que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi importante para sustentar a política de combate à inflação do governo Lula e certeiro nas medidas de contenção dos efeitos da crise econômica mundial de 2008 e 2009 no Brasil, a presidente eleita, Dilma Rousseff, tende a não aproveitá-lo no posto.

É certo que Dilma vai centralizar em torno de si todas as ações econômicas do início do governo, disse ao Estado um de seus mais importantes colaboradores.

Pretende, com isso, alcançar dois objetivos: forçar a redução nas taxas de juros logo na primeira reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) e mostrar que, ao contrário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela terá o controle de todos os setores do governo, a começar pela economia.

Tanto é assim que o primeiro bloco de auxiliares a ser anunciado será o da equipe econômica.

Com a centralização e a pressão explícita para que os juros baixem - o que Lula nunca exerceu em relação ao Banco Central -, Meirelles ficará numa posição desconfortável, pois sua política de combate à inflação tem sido sempre a de, por absoluta prevenção, manter os juros altos.

A própria Dilma se garante como avalista da estabilidade econômica. Em entrevista ao SBT, na terça-feira à noite, ela avisou que fará a centralização.

"Não serão pessoas que serão responsáveis por isso", afirmou, referindo-se ao tripé formado por metas de inflação, câmbio flutuante e contas equilibradas.

"Sou eu a responsável. E como responsável, eu asseguro: seja quem esteja à frente do cargo, eu assegurarei no País a questão da estabilidade econômica."

Embaixada

Uma solução para Meirelles - e ele já se mostrou simpático à ideia - seria nomeá-lo embaixador do Brasil em Washington.

É um nome com muito trânsito nos meios financeiros e governamentais, atributos essenciais para a interlocução de um governo Dilma que ainda não tomou posse mas já faz coro e, ao lado de Lula, acusa os Estados Unidos de, junto com a China, promoverem uma "guerra cambial" no mundo.

O PMDB, ao qual Meirelles é filiado, ainda tem esperanças de emplacá-lo no Ministério da Fazenda ou no dos Transportes.

Mas Dilma tem sido aconselhada a manter Guido Mantega, decisão que contaria com a simpatia de Lula.

E o Ministério dos Transportes é um feudo do PR, embora o PMDB esteja, numa espécie de escambo político, tentando trocá-lo pela Agricultura.

Conforme um integrante do governo muito próximo de Dilma, ela quer lotar o setor econômico na Esplanada dos Ministérios com "defensores de ações desenvolvimentistas" - como ela.

A presidente eleita acredita que, assim como ocorreu na gestão Lula, principalmente depois da crise econômica mundial, o governo tem entre os seus papéis fundamentais fazer a indução para o desenvolvimento e o crescimento econômico.

Na visão de Dilma, exposta ao longo de conversas mantidas na campanha, será preciso reduzir os juros para "contaminar o setor privado" e incentivá-lo a investir cada vez mais.

O plano estratégico prevê alcançar a meta de taxa real de 2% de juros (descontada a inflação) em 2014.

Ela defende ainda a desoneração da folha de pagamentos e investimentos muito fortes nas micro e pequenas empresas.

Para tanto, Dilma pretende elevar o limite de enquadramento de empresas no Simples Nacional. "Esse foi um dos melhores modelos: aumentamos a arrecadação, o grau de formalização da economia", disse ela na entrevista ao SBT. "Pretendo aumentar o limite de enquadramento."

Dessa forma, explicou, mais empresas poderão se beneficiar do sistema tributário simplificado. Ela, porém, não revelou qual seria o novo limite.

Atualmente, são consideradas microempresas passíveis de inscrição no Simples aquelas que têm faturamento bruto de até R$ 240 mil ao ano.

O programa também admite empresas de médio porte com faturamento de até R$ 2,4 milhões.

Hoje, há cerca de 3,9 milhões de pessoas jurídicas inscritas no programa. Também está em análise a elevação do limite de enquadramento dos microempreendedores individuais (MEI), hoje em R$ 36 mil ao ano.

Pasta

Dilma revelou durante a campanha ter "vontade" de criar um ministério específico para as micro, pequenas e médias empresas.

O nome mais cotado para essa nova pasta é o de Alessandro Teixeira, atual presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), um dos coordenadores da sua campanha presidencial.

Ela acredita que será possível fundir ministérios, fazendo com que a estrutura de governo fique do tamanho da atual, com 35 ministros.

O ideal seria reduzir, mas Dilma não vê como atender à base partidária governista - que tem uma dezena de legendas - promovendo uma lipoaspiração na Esplanada.