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terça-feira, 27 de abril de 2010
Patrus e Pimentel disputam prévias no PT à espera de definição do PMDB
Juliana Cipriani - Estado de Minas
A cinco dias das prévias partidárias que decidirão entre o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ex-ministro Patrus Ananias quem disputará o governo de Minas, os apoiadores de ambos se mobilizam para tentar emplacar a candidatura própria, enquanto na Executiva Nacional o discurso é outro. Em última instância, o que deve definir o rumo do partido no segundo maior colégio eleitoral é o posicionamento do PMDB, que, por enquanto, insiste e pressiona pela pré-candidatura do ex-ministro Hélio Costa ao Palácio da Liberdade. A direção nacional deixa bem claro que a disputa interna ocorre a contragosto e que depois dela, caso não haja entendimento com os peemedebistas, vale a tática aprovada pelo Congresso do PT para escolher a ex-ministra Dilma Rousseff candidata a presidente.
Trocando em miúdos, os petistas não abrem mão do apoio do PMDB para Dilma, que viram ameaçado pela guerra aberta entre a base aliada mineira por causa da indefinição. Os petistas mineiros fazem prévias no domingo, contrariando decisão nacional do partido e o próprio presidente Lula, o que esquentou o clima com o PMDB, que ameaçou romper o acordo nacional em favor da pré-candidata petista. Segundo o secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, até agora o diretório regional mineiro não tem dialogado nem ouvido a Executiva nacional. Ainda assim, não houve movimento para impedir as prévias pelo fato de elas serem estatutárias.
Frateschi deixou claro, no entanto, que há uma decisão tirada do congresso nacional do PT em fevereiro de que, em última instância, fica delegado ao Diretório Nacional o poder de resolver impasses e composições nos estados. Segundo o secretário, os dois pré-candidatos petistas já foram procurados pela direção nacional e informados do quadro. “Vamos insistir e, se for preciso, fazer valer a política nacional. O diretório recebeu delegação para isso e vai fazer cumprir com sua obrigação, com todo o respeito que temos pelos mineiros”, disse.
De acordo com o secretário nacional de Organização, é fundamental para a eleição de Dilma uma aliança com o PMDB e, neste quadro, Minas, com 17% do eleitorado nacional, é imprescindível. “É simples a conta, não podemos errar nem em Minas nem em São Paulo”, disse. Paulo Frateschi afirmou que a Executiva deve pedir nova reunião com os mineiros logo depois das prévias, mas deixou claro que o resultado final dependerá da postura dos aliados. “Vamos ver o que o Hélio Costa e o PMDB nacional dizem”, afirmou.
sábado, 10 de abril de 2010
Desistência de Alencar muda disputa eleitoral em Minas
Além de abrir outra vaga para o Senado, decisão de José Alencar de não concorrer é vista pela base de Lula como positiva para formação da chapa PT-PMDB para o governo de Minas
Patrícia Aranha - Estado de Minas
Publicação: 10/04/2010 08:19
Abriu-se uma vaga para o Senado em Minas. Essa é a avaliação de políticos e analistas para a saída do vice-presidente da República, José Alencar (PRB), da disputa por qualquer cargo na eleição deste ano. Apesar de cotado até para o governo de Minas como único nome que poderia unir a base do governo Lula, o próprio Alencar já havia dito que a tendência maior era tentar novamente o Senado, para o qual foi eleito em 1998, com 2,9 milhões de votos (48% do total), e renunciou em 31 de dezembro de 2002, para assumir a vice-presidência no dia seguinte.
Apesar de haver duas vagas de senador em disputa este ano, uma delas deverá, segundo todas as pesquisas indicam, ser ocupada pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB). A outra seria de Alencar, que tenderia a arrebanhar votos tanto entre os que apoiam Lula quanto nos eleitores de Aécio.
Na base aliada de Lula, a retirada do nome de Alencar é vista como um gesto de generosidade que pode facilitar a construção do palanque único em Minas para a candidatura presidencial da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff reunindo PT e PMDB.
Apesar de continuarem defendendo candidatura própria, os presidentes das duas legendas consideram que a vaga de senador pode ajudar na composição. “Que esse gesto sirva de exemplo para Patrus e Pimentel. O filiado honorário ajuda mais a unidade do PT que os filiados orgânicos”, comentou o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, referindo-se à homenagem que o partido fez a Alencar no início de fevereiro, quando lhe entregou uma placa de filiado honorário do PT e à indefinição dos pré-candidatos do partido ao governo, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Ambos mantém o nomes, apesar dos apelos feitos pelo presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, para que a decisão saia até o fim do mês.
"A saída dele facilita a tese do palanque único", diz Fernando Pimentel, evitando opinar sobre quem deveria ceder a cabeça de chapa, PT ou PMDB. Patrus e o pré-candidato do PMDB, o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, não foram encontrados ontem para comentar a saída de José Alencar da disputa.
"Alencar não era um dificultador, sempre foi um facilitador para a aliança, mas é claro que a saída dele torna a vaga de senador mais cobiçada, o que pode facilitar a composição com o PT", admitiu o presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade. Para a presidente estadual do PCdoB, deputada federal Jô Moraes, José Alencar, mais uma vez, mostrou que está se esforçando para unir a base. "È um gesto de extrema generosidade e um gesto político, apontando a saída para que os dois maiores partidos da base aliada, PT e PMDB, consigam construir uma ponte", disse.
Itamar
Entre os partidos que apoiam o ex-governador Aécio Neves, o grande beneficiado é o ex-presidente Itamar Franco (PPS), que pleiteia ser o segundo nome a senador na chapa encabeçada pelo governador Antonio Anastasia. Ontem, ele não quis comentar a saída de Alencar. Já o presidente estadual da legenda, Paulo Elisiário, admite que o cenário mudou. Em campanha eleitoral não tem o mais fácil. Pode ter o menos difícil, porque, de qualquer forma, José Alencar era um nome de Minas, consagrado”, disse. (com Ricardo Beghini).
Pré-candidatos ao Senado
Aécio Neves (PSDB)
Desde que anunciou em dezembro que se retirava da disputa interna no PSDB pela vaga de candidato a presidente da República e que se lançaria ao Senado, tornou-se favorito. A saída de Alencar não influirá na sua votação, ao contrário dos outros
Itamar Franco (PPS)
Tenta ser o segundo candidato ao Senado na chapa majoritária encabeçada pelo governador Antonio Anastasia. Aécio Neves já disse que, em princípio, o apoia, mas que o martelo só será batido em junho, em decisão tomada com os outros partidos que integram a base do governo em Minas
Hélio Costa (PMDB) ou Patrus Ananias (PT)
Se PT e PMDB se acertarem, como espera o Planalto, um dos pré-candidatos ao governo cederá a cabeça-de-chapa e pode concorrrer ao Senado. O outro pré-candidato do PT, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, se não puder disputar o governo, deve continuar na coordenação da campanha da candidatura do PT à Presidência, Dilma Rousseff
Clésio Andrade (PR)
Tenta viabilizar o nome tanto com Aécio quanto com a base aliada de Lula
Zezé Perrella (PDT)
Tenta viabilizar o nome dentro do partido, que nacionalmente integra a base de Lula e tende a apoiar em Minas o candidato de Aécio ao governo, o governador Antonio Anastasia.
Patrícia Aranha - Estado de Minas
Publicação: 10/04/2010 08:19
Abriu-se uma vaga para o Senado em Minas. Essa é a avaliação de políticos e analistas para a saída do vice-presidente da República, José Alencar (PRB), da disputa por qualquer cargo na eleição deste ano. Apesar de cotado até para o governo de Minas como único nome que poderia unir a base do governo Lula, o próprio Alencar já havia dito que a tendência maior era tentar novamente o Senado, para o qual foi eleito em 1998, com 2,9 milhões de votos (48% do total), e renunciou em 31 de dezembro de 2002, para assumir a vice-presidência no dia seguinte.
Apesar de haver duas vagas de senador em disputa este ano, uma delas deverá, segundo todas as pesquisas indicam, ser ocupada pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB). A outra seria de Alencar, que tenderia a arrebanhar votos tanto entre os que apoiam Lula quanto nos eleitores de Aécio.
Na base aliada de Lula, a retirada do nome de Alencar é vista como um gesto de generosidade que pode facilitar a construção do palanque único em Minas para a candidatura presidencial da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff reunindo PT e PMDB.
Apesar de continuarem defendendo candidatura própria, os presidentes das duas legendas consideram que a vaga de senador pode ajudar na composição. “Que esse gesto sirva de exemplo para Patrus e Pimentel. O filiado honorário ajuda mais a unidade do PT que os filiados orgânicos”, comentou o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, referindo-se à homenagem que o partido fez a Alencar no início de fevereiro, quando lhe entregou uma placa de filiado honorário do PT e à indefinição dos pré-candidatos do partido ao governo, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Ambos mantém o nomes, apesar dos apelos feitos pelo presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, para que a decisão saia até o fim do mês.
"A saída dele facilita a tese do palanque único", diz Fernando Pimentel, evitando opinar sobre quem deveria ceder a cabeça de chapa, PT ou PMDB. Patrus e o pré-candidato do PMDB, o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, não foram encontrados ontem para comentar a saída de José Alencar da disputa.
"Alencar não era um dificultador, sempre foi um facilitador para a aliança, mas é claro que a saída dele torna a vaga de senador mais cobiçada, o que pode facilitar a composição com o PT", admitiu o presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade. Para a presidente estadual do PCdoB, deputada federal Jô Moraes, José Alencar, mais uma vez, mostrou que está se esforçando para unir a base. "È um gesto de extrema generosidade e um gesto político, apontando a saída para que os dois maiores partidos da base aliada, PT e PMDB, consigam construir uma ponte", disse.
Itamar
Entre os partidos que apoiam o ex-governador Aécio Neves, o grande beneficiado é o ex-presidente Itamar Franco (PPS), que pleiteia ser o segundo nome a senador na chapa encabeçada pelo governador Antonio Anastasia. Ontem, ele não quis comentar a saída de Alencar. Já o presidente estadual da legenda, Paulo Elisiário, admite que o cenário mudou. Em campanha eleitoral não tem o mais fácil. Pode ter o menos difícil, porque, de qualquer forma, José Alencar era um nome de Minas, consagrado”, disse. (com Ricardo Beghini).
Pré-candidatos ao Senado
Aécio Neves (PSDB)
Desde que anunciou em dezembro que se retirava da disputa interna no PSDB pela vaga de candidato a presidente da República e que se lançaria ao Senado, tornou-se favorito. A saída de Alencar não influirá na sua votação, ao contrário dos outros
Itamar Franco (PPS)
Tenta ser o segundo candidato ao Senado na chapa majoritária encabeçada pelo governador Antonio Anastasia. Aécio Neves já disse que, em princípio, o apoia, mas que o martelo só será batido em junho, em decisão tomada com os outros partidos que integram a base do governo em Minas
Hélio Costa (PMDB) ou Patrus Ananias (PT)
Se PT e PMDB se acertarem, como espera o Planalto, um dos pré-candidatos ao governo cederá a cabeça-de-chapa e pode concorrrer ao Senado. O outro pré-candidato do PT, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, se não puder disputar o governo, deve continuar na coordenação da campanha da candidatura do PT à Presidência, Dilma Rousseff
Clésio Andrade (PR)
Tenta viabilizar o nome tanto com Aécio quanto com a base aliada de Lula
Zezé Perrella (PDT)
Tenta viabilizar o nome dentro do partido, que nacionalmente integra a base de Lula e tende a apoiar em Minas o candidato de Aécio ao governo, o governador Antonio Anastasia.
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